Portugal é um país lindissímo e com imensos locais que valem a pena conhecer. Tem cidades maravilhosas e muitos recantos mais calmos que valem igualmente a pena conhecer e que não são tão conhecidos.

Convidei 7 bloggers de viagens portugueses cujo trabalho eu admiro imenso, para escreverem sobre os seus locais preferidos, fora das cidades. Aqui estão os seus recantos, sem qualquer ordem.

Tomar

Por Alexandra Carreira do World Citizen Girl

Esta bela cidade no centro de Portugal que surpreende pela positiva quem a visita com a sua história e com monumentos património da humanidade, foi conquistada aos mouros pelo Rei D. Afonso Henriques e entregue aos Templários, passando também a ser conhecida como “Cidade dos Templários”. O seu Centro Histórico é bonito, pitoresco e fácil de percorrer a pé, as principais atracções turísticas são o Convento de Cristo e o Castelo. De 4 em 4 anos a cidade celebra uma das suas maiores e mais importantes festas, a famosa Festa dos Tabuleiros e a aproxima é já para o ano de 2019, a não perder.

Tomar (Foto de Alexandra Carreira)
Tomar (Foto de Alexandra Carreira)

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Mina de São Domingos

Por Filipe Morato Gomes do Alma de Viajante

Portugal é um país incrivelmente belo e diversificado e, apesar do turismo se concentrar na faixa litoral de Portugal continental, a verdade é que o interior guarda alguns tesouros porventura ainda mais fascinantes. Foi o que senti quando visitei Mina de São Domingos pela primeira vez. E fiquei apaixonado.

Apaixonado pela praia fluvial de Tapada Grande, onde pernoitei; pela aldeia, construída de raiz para dar suporte à atividade mineira ali desenvolvida até meados do século passado; e, claro, pelo inestimável património mineiro, abandonado e decadente, da Mina de São Domingos.

Das antigas oficinas ferroviárias à central elétrica, do cais do minério à corta da mina, passando pela incrível Achada do Gamo e sua fábrica de enxofre, foi um deleite explorar a antiga mina, bela e decadente ao mesmo tempo. Sempre acompanhado por várias cegonhas que, nos locais mais altos como as torres da central elétrica, partilhavam o ninho com um filhote pequeno.

Para mim, Mina de São Domingos foi uma das grandes descobertas dos últimos tempos.

Oficinas ferroviárias das Minas de São Domingos (Foto de Filipe Morato Gomes)
Oficinas ferroviárias das Minas de São Domingos (Foto de Filipe Morato Gomes)
Fábrica de Enxofre das Minas de São Domingos (Foto tirada por Filipe Morato Gomes)
Fábrica de Enxofre das Minas de São Domingos (Foto tirada por Filipe Morato Gomes)

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Serra da Estrela

Por Francisco Agostinho do Projeto 100rota

Serra da Estrela…Sempre presente. Sempre imponente. Cresci com ela a surgir do horizonte por vezes carregada de branco naquelas manhãs solarengas mas geladas do rigoroso Inverno. Não tantas como gostaria. Um dia saí para longe e deixei de te ver e sentir. Deixei de sentir as mãos tão geladas como se fossem partir e cair enquanto a mão agarrava no lápis e forçava a escrita. Deixei de cheirar o fumo da lenha das chaminés que fumegavam pela vila. Deixei de sentir o calor no verão que nos obrigava a saltar para o rio, mesmo antes de ir para a escola. Deixei de te saborear com o bucho recheado, a chanfana, o cabrito…Deixei de ouvir a banda a tocar na praça nas noites quentes de verão.

Voltei um dia, para te homenagear. Esperei tanto porque queria partilhá-la com quem mais amo. Um sonho imaginado em muitas noites de insónias. Um sonho concretizado. Não foi preciso muito, não foi preciso dinheiro. Foi apenas ir.

Serra da Estrela (Foto tirada por Francisco Agostinho)
Serra da Estrela (Foto tirada por Francisco Agostinho)
Serra da Estrela (Foto tirada por Francisco Agostinho)
Serra da Estrela (Foto tirada por Francisco Agostinho)

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Catarredor, paraíso esquecido no xisto da Lousã

Por Rui Barbosa Batista do Born Freee

Luxuriantes ziguezagues por entre intensos e espessos verdes. A luz espreita. Em espirais que abraçam árvores altivas. Por fim, o motor desliga. O silencia é total. Absoluto.  Até que a brisa baloiça a folhagem. As aves mostram o seu enamoramento. Ou o cristalino curso de água seguir o seu caminho…

A aldeia está praticamente abandonada. Vagabundeio por entre casas decrépitas, de poética beleza. Pedras com história. Detalhes com memória. Uma paisagem ‘urbana’ com textura. Parece ter estado sempre aqui, simplesmente à espera do meu encantamento.

O sol não tem filtros. O azul – e o ar – é puro, como na minha infância. Tal como a noite: um imenso céu limpo leva-me a um cosmos possível de tocar. Basta esticar a ponta dos dedos…

O Catarredor não tem mais do que uma mão de habitantes, todos de ‘fora’. Ana já perdeu a conta há quantos dias investiu numa feliz vida quase eremita. Em casa, serve bons cafés. Talvez algum petisco. Quando a lua é cheia, promove invulgar festa mística. Sento-me na sua ‘esplanada’. Contemplo a sublime tela natural.

“Neste paraíso não somos escravos do tempo”, sintetiza Wolfgang. Fundido na natureza bruta, o Catarredor vai renascer…

Catarredor (Foto tirada por Rui Barboso Batista)
Catarredor (Foto tirada por Rui Barboso Batista)
Catarredor (Foto tirada por Rui Barboso Batista)
Catarredor (Foto tirada por Rui Barboso Batista)

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Melgaço

Por Raphael Oliveira do Oliraf

“O Município de Melgaço, o concelho mais a norte de Portugal, oferece condições excepcionais para a prática desportiva e actividades de lazer. Por exemplo, a modalidade de ciclismo todo-o-terreno: o BTT. Ao percorrer os inúmeros trilhos em terra batida e calcetadas com pedra granítica da Serra da Peneda, o viajante poderá apreciar a fauna, a flora, o património e as actividades humanas do Parque Nacional Peneda-Gerês. Afinal, estamos  no “Destino de natureza mais radical de Portugal”.

Melgaço (Foto de Raphael Oliveira)
Melgaço (Foto de Raphael Oliveira)

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Zagalho

Por Vitor Martins, d´O Nosso olhar do mundo

De volta às origens… Vivo desde os dois anos na zona centro de Portugal, mais precisamente na aldeia do Zagalho, no concelho de Penacova, perto dos rios Alva e Mondego, na encosta da magnífica serra da Atalhada, onde se ergue um complexo turístico, formado por um bar/restaurante e 23 moinhos de vento, construídos hà centenas de anos, pelos moleiros. Podemos encontrar sempre alguém por lá, a assistir à moagem do cereal, ou para apreciar a magnífica vista para a Serra da Estrela! A nossa região é excelente para passar um fim de semana de convívio com a natureza!

Zagalho (Foto de Vítor Martins)
Zagalho (Foto de Vítor Martins)
Zagalho (Foto de Vítor Martins)
Zagalho (Foto de Vítor Martins)

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Manteigas

Por Sofia Machado, do Sofia in Australia

Junto ao maior vale glaciar da Europa, com a sua extensão de 13 km, encontramos Manteigas, uma vila que é ponto de partida para uma mão cheia de percursos pedestres no parque natural da Serra da Estrela. Para os amantes da natureza, este é um lugar mágico, circundado de florestas, montanhas, vales e rios de água pura (e gelada!).

Depois de dias de grandes caminhas não há nada como acabar a visita nos banhos termais. A par desta realidade “quase desconhecida” pela maioria dos portugueses, há ainda um mundo de sabores gastronómicos a descobrir como o famoso queijo da serra, o cabrito, as trutas e um sem número de pequenos e grandes prazeres que fazem qualquer deslocação à região de manteigas algo de inesquecível.

Manteigas (Foto de Sofia Machado)
Manteigas (Foto de Sofia Machado)
Manteigas (Foto de Sofia Machado)
Manteigas (Foto de Sofia Machado)

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8 respostas

  1. Fantástico artigo, parabéns pela ideia e originalidade…Mais uma prova que todos juntos poderemos fazer coisas bonitas…Sempre admirei o teu trabalho, muitos parabéns!!

    1. Querido Vitor, o mérito é todo teu e dos restantes bloggers 🙂 Nem mais, faz mesmo sentido cooperar e criar artigos e outras coisas bem interessantes!
      Muito obrigada 🙂 🙂

  2. Adorei a ideia de convidar outros blogueiros. Todos deram dicas ótimas. Adorei, especialmente, a da mina. E cada vez mais quero conhecer a Serra da Estrela.

  3. Muito showww. Parabéns pelo conteúdo ímpar. sou brasileiro e em processo de obtenção de cidadania portuguesa. amo cada vez mais portugal de meus ancestrais. só lugares diferenciados.

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