Veneza é uma cidade única. É uma província da região do Vêneto, no norte de Itália e conhecida pela La Serenissima. Possui uma beleza inconfundível com os seus palácios, praças e canais por onde circulam as tão famosas gôndolas. Lembro-me bem da primeira vez que lá estive. Cheguei no fim da manhã de um dia com algum nevoeiro e ver surgir a cidade foi uma experiência quase mística.
A cidade de Veneza é uma das cidades mais originais e românticas do mundo, para mim e para muitos outros.
História
Por volta do ano 1000 a.C a região do Vêneto foi ocupada pelos vénetos, um povo oriundo da região do Mar Negro. Os ataques dos gauleses começaram a tornar-se numerosos e violentos à região e os vénetos aliaram-se aos romanos. A partir dessa altura nunca mais se falou neles.
Por volta do século IV os bárbaros do Leste invadiram Itália, tendo passado pela região do Vêneto. Foi precisamente devido a estas invasões que Veneza nasceu.
Os habitantes das cidades incendiadas e saqueadas pelos bárbaros refugiaram-se nas pequenas ilhas da laguna de Veneza, onde era difícil os invasores entrarem, uma vez que não dominavam a arte da navegação. Estas pequenas ilhas tinham um acesso difícil mas eram seguras. Eram cerca de 120 ilhotas cortadas por 177 canais.
Uma laguna é uma bacia litoral de águas paradas, separada do mar apenas por uma restinga de areia e com o qual mantém comunicação intermitente. Ao longo do tempo as ilhas existentes na laguna foram sendo habitadas. Os primeiros habitantes formaram comunidades e escolheram o seu líder. O governador começou por ser designado de Marítimo Tribuno e a partir de 697, por Doge.
Depressa as ilhas se tornaram pequenas para a quantidade de pessoas que ia chegando. Os venezianos transformaram então o mar em terra, construindo sobre as águas que separavam as ilhas. A cidade começou a avançar sobre as águas.
Fundações
Os venezianos criaram um método de utilização de fundações elevadas, com o objetivo de colocar os edifícios a salvo das águas das marés. Neste processo foi utilizada madeira para construir milhares de estacas com vários metros. As estacas eram colocadas no solo, umas ao lado das outras, formando uma plataforma de madeira elevada.
Após a colocação de milhares de estacas de madeira, foi colocado uma camada de base de madeira e de pedra, na qual os edifícios de Veneza foram construídos. O que vemos hoje encontra-se assente nesta estrutura.
Um pormenor muito importante que era desconhecido na altura, é que existe uma sólida camada com cerca de 18000 anos por baixo dos sedimentos da laguna. Esta camada permite que as estacas permaneçam bem seguras.
Veneza é realmente uma cidade original, construída sobre as águas e com uma rotina peculiar. Visitá-la é um passeio que se deve fazer pelo menos uma vez na vida. É uma cidade única e com uma atmosfera completamente romântica. Tal como está, já tem 500 anos. Aconselho que sejam passados por lá pelo menos uns 4 ou 5 aproveitar tudo com muita serenidade. Fique a dormir em Veneza se puder, para que possa percorrer as ruas menos turísticas e deixar-se ficar quando a maioria dos turistas se for embora, ao final do dia.
Aí sim, vai sentir a atmosfera singular de Veneza. É pura magia…
ADOREI!!!!!!Que bom início de ano, com este passeio por Veneza. É, de facto, uma cidade única, mágica, parece que só existe nos sonhos e afinal não, está ali sobre as águas, à nossa espera 🙂
A minha última vez na cidade foi em 2015, já estou com saudades!!!!
Olá Sofia 🙂
Que bom que gostaste! Esta cidade realmente é mesmo única e imperdível pelo menos uma vez. Eu espero ir novamente em breve, também já tenho muitas saudades 🙂
Desconhecia por completo a origem do nome desta ponte, sempre o associei à parte romântica apenas. Mais um facto que aprendi com este blog!
Olá prima 🙂
É uma história engraçada que realmente não é muito conhecida. Que bom que gostaste!
Que interessante !! Desconhecia esta história.
Nunca estive por estas paragens mas fiquei com vontade de ir!
Só espero que que não dê para enjoar a andar de gondola 😉
Olá Xana 🙂
É uma cidade mesmo bonita e com uma história interessante, sem dúvida. Fico contente que a minha história tenha deixado alguma vontade em ir conhecer! Acho que não dá para enjoar, apesar de estar sempre um pouco de lado, move-se muito devagar 😉