A Garden Route é um percurso de aproximadamente 200 quilómetros na África do Sul, junto à costa. A beleza das paisagens faz com que seja uma das regiões mais visitadas da África do Sul. A distância não é muita, sendo até possível fazer o percurso num dia apenas, mas os cenários de montanha e de lagoas são tão bonitos e há tantos locais incríveis para parar e usufruir, que aconselho que reserve pelo menos uns cinco dias. Eu percorri em 12 dias e não achei muito 😉

A estrada é um verdadeiro jardim, tal é a predominância da cor verde. É um caminho em que se passa junto a bosques, lagoas, pontes e falésias. Como fui com tempo afastei-me algumas vezes da costa e fui observar animais. Aqui há muita oferta de “game drives”, ou seja, locais onde se podem fazer safáris e ver elefantes, leões, chitas e muitos outros animais típicos do país. Escolhi dois locais, o Garden Route Game Lodge e o Monkeyland. Também estive no Sanbona Wildlife Reserve onde fiquei a dormir.

Aqui ficam sete locais que recomendo não perder neste trajeto fantástico que é a Garden Route.

1 – Mossel Bay

O meu percurso de carro pela África do Sul começou na Cidade do Cabo e depois Hermanus e Cabo Agulhas. A paisagem já me estava a deslumbrar bastante, pelo que chegar a Mossel Bay, devo confessar, não me deixou especialmente encantada.

Esta cidade da Garden Route é interessante e vale a pena conhecer, mas se não quiser fazer shark diving, não vale a pena demorar muito por aqui. Meter-me numa jaula dentro de água para ver tubarões brancos não é uma atividade que me fascine, por isso não experimentei. Se gostar não hesite, penso que é o melhor local do mundo para o fazer.

Onde dormir: Eu fiquei no In Touch Seaview, um apartamento muito elegante, com uma decoração mesmo bonita, ou não estivesse um dos donos ligado à área da decoração. Está bem localizado numa área com supermercados e restaurantes muito perto. Se optarem pelo In Touch Seaview contactem o dono para marcarem um ponto de encontro para receberem a chave.

2 – Garden Route Game lodge

A cerca de 30 minutos de carro de Mossel Bay, encontra-se o Garden Route Game Lodge. Esta foi a primeira reserva privada desta região da África do Sul e tem 2000 hectares. Aqui há elefantes, chitas, leões, avestruzes, búfalos e vários outros animais, que circulam livres pela reserva.

É possível ficar a dormir neste Game lodge, mas eu optei por um local mais barato no exterior e vim aqui apenas fazer o safári de três horas. Vi muitos animais, o que foi fantástico, mas também gostei muito da partilha de conhecimentos da ranger, que é o nome que se dá à/ao motorista do carro. Ela tinha um enorme conhecimento sobre os animais e demorou todo o tempo necessário até não existirem dúvidas sobre eles. Tive sorte com a hora da marcação e no carro ia só eu, o Ricardo e a Maria. Foi uma visita privada!

Onde dormir: Em Wilderness, no Fairy Knowe Backpackers (explico melhor no ponto seguinte).

3 – Wilderness

É uma pequena povoação muito bonita junto á costa, “entalada” entre as montanhas Outeniqua e uma praia com um areal super extenso. Gostei especialmente de ter ficado a dormir nas montanhas e acordar com o piar dos passarinhos e de caminhar no passadiço cujo acesso é junto à estrada principal.

Deste passadiço elevado consegue-se visualizar quase toda a cidade de Wilderness, incluindo a totalidade da praia. Vale a pena.

Onde dormir: Em Wilderness optei pelo Fairy Knowe Backpackers, inserido no belíssimo Parque Nacional. O quarto onde fiquei era bastante simples, mas para compensar tinha uma vista maravilhosa para um lago. Este alojamento tem um bar com música ao vivo e todas as noites fazem uma fogueira para quem quiser jantar na rua ou simplesmente quiser aproveitar para observar o céu estrelado.

4 – Knysna

De todas as povoações que visitei durante os 12 dias que percorri a Garden Route, foi de Knysna que mais gostei. De longe. Se fosse agora não tinha ficado apenas duas noites, mas sim três ou até mesmo quatro. Tinha preferido ficar aqui mais tempo e menos na Cidade do Cabo. Fica a recomendação 😉

Knysna fica nas margens de uma enorme lagoa, que é atualmente uma reserva de cavalos marinhos. Essa lagoa abre-se para o mar, tendo de ambos os lados dois enormes penhascos conhecidos como “The Heads”. É daqui de cima que temos de ir para ter uma vista totalmente idílica da cidade.

Onde dormir: Em Knysna fiquei numas cabanas de madeira a dormir. Adorei a elegância e o conforto deste espaço, o Abalone Lodges. Fiquei aqui duas vezes, uma quando estava a ir no sentido Port Elisabeth e uma outra quando já estava a regressar à Cidade do Cabo. Ambas as casas tinham cozinha, sala, dois quartos, casa de banho com jacuzzi, terraço, tudo com imenso espaço. A vista era fantástica, direta para a lagoa da cidade.

5 – Plettenberg Bay

Esta cidade, conhecida por “Plett” apenas, é um destino turístico de praia. A praia é extensa e tem areia dourada e água cristalina. Se não fosse a temperatura ser tão baixa acho que tinha entrado! De todas as que vi esta era a mais convidativa para tomar banho.

A poucos quilómetros de chegar a Plettenberg, ou “Plett”, passei por um mercado semanal (era domingo), junto à estrada. Parei para me abastecer de fruta e tomar contacto com os habitantes. Bebi um café, comprei comida para o almoço e sumo feito na hora com fruta local e fiz um piquenique na praia de “Plett”. Foi bem giro.

Onde dormir: Estive aqui de passagem, ja fui dormir a Port Elisabeth, em Newington Place. É preciso ter algum cuidado, porque esta cidade é um pouco perigosa. Quando escolher alojamento aqui tenha em conta os comentários sobre segurança. Se ficar no mesmo sítio que eu, acredite que vai ficar bem. A Dona, Rose, é muito simpática e o espaço convidativo. O apartamento onde fiquei era bastante espaçoso, com dois quartos, cozinha e sala.

6- Monkeyland

Muito perto de “Plett” fica o santuário dos macacos, o Monkeyland. Este espaço pertence à “The Touch a Monkey’s Heart Foundation” e já ganhou vários prémios relacionados com a sustentabilidade e o bem estar animal.

Aqui é procurado reabilitar física e emocionalmente os primatas. Nesse sentido foi construída uma casa no santuário para primatas deficientes, órfãos, idosos, cegos ou com outros problemas. É obrigatória fazer uma visita guiada, uma vez que não podemos andar livremente.

Onde dormir: Estive aqui de passagem, ja fui dormir a Port Elisabeth.

7 – Storms River

Storms é um rio que serpenteia por entre os enormes penhascos da Tsitsikamma Mountain Range, o que cria um enquadramento paisagístico muito bonito. Na foz do rio existe uma ponte suspensa, que acabei por não percorrer, apenas vi ao longe.

A entrada para os três era mesmo cara para o tempo que tínhamos para visitar.

Onde dormir: Estive aqui de passagem, ja fui dormir a Port Elisabeth.


Dicas para viajar pela Garden Route

(Se fizer as suas reservas através destes links, não paga mais nada por isso e eu ganho uma pequena comissão, o que é determinante para eu continuar a escrever sobre viagens. Obrigada!).

Como chegar e como percorrer: A Garden Route é um trajeto de 200 quilómetros, que tem vários pontos de interesse para parar. Na minha opinião a melhor forma de explorar é de carro. Verifique na RentalCars mas digo-lhe já que eu aluguei com a Bidvest e correu tudo bem. É possível utilizar autocarro, como o Baz Bus, mas é um pouco mais limitado. Não pode parar onde quiser, o que é uma pena neste percurso.

Para aqui chegar fui de avião até à Cidade do Cabo, aluguei carro e fui direta para a Garden Route passando por Hermanus e Cabo Agulhas.

Onde dormir: Eu demorei 12 dias a percorrer a Garden Route e para o meu percurso escolhi três sítios para dormir: Mossel Bay, Wilderness e Knysna. Nos últimos quilómetros já dormi em Port Elisabeth, que já está fora da Garden Route.

In Touch Seaview
Fairy Knowe Backpackers
Abalone Lodges 

Seguro de viagem: Eu tenho um cartão de saúde que me permite fazer uma extensão para os locais onde eu viajo, por isso normalmente não falo outro seguro. Para quem precise recomendo o da World Nomads, que é amplamente recomendado, tal como acontece com a Lonely Planet.

Consulta do viajante: Já aqui falei da importância da Consulta do Viajante. Todos os destinos e todos os viajantes podem beneficiar de uma consulta do viajante, no entanto, habitualmente, as viagens para países do hemisfério sul são as que mais preocupam. Não se esqueça de procurar um médico desta especialidade e manter-se informado.

Cartão bancário: Em viagem utilizo sempre o Revolut, tenho poupado imenso em taxas e um pouco também no câmbio, quando converto para a moeda que quero utilizar.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

error: Content is protected !!